Por Glauce Souza
Dedico este texto à Adriana
Ichim
Hoje eu estava pensando sobre a
grande quantidade de cafajestes que existem no mundo e cheguei à conclusão que corre
um grande risco quem se relaciona com este tipo de homem. Por isso, imaginei a seguinte
sentença: nossa vida amorosa seria muito mais tranquila se cada cafajeste
andasse com uma plaquinha no pescoço, tais aquelas que encontramos nas casas
onde há cães perigosos. Para um cafajeste bastaria a seguinte frase: “Cuidado!
Cãofajeste”. Assim, tenho certeza que muitas pessoas manteriam mais distância desse
tipo de homem.
O título do meu texto não surgiu
à toa, pois, há muitas semelhanças entre um cão perigoso e um homem cafajeste. Uma
delas é o fato de ambos serem, na maioria das vezes, encantadores (em alguns
aspectos) e também perigosos. Assim, por uma vida mais feliz, vale à pena
darmos um pouco de atenção a essas semelhanças e entendermos que se alguém se
ama de verdade, deve nunca se apaixonar por um cafajeste! Muitas pessoas não
irão concordar comigo, afirmarão que se apaixonar por um “cafa” vale muito à
pena, apesar das lágrimas. Inclusive, já li até um texto, muito bem escrito,
sobre isso. A autora concluía seu texto agradecendo o fato dos cafajestes
existirem. Ainda não cheguei a esse nível, e sinceramente, não quero nem
chegar. O nível máximo que consigo alcançar é ser flexível a ponto de acreditar
que o melhor a fazer, quando conhecemos um “cafa” e nos relacionamos com ele, é
estabelecer uma relação idêntica àquela que eles estabelecem conosco. Acione o
botão da razão e responda: se um cafajeste nunca se apaixona, porque eu irei me
apaixonar por um deles? Em nome de uma vida sem decepções, há muito que fazer,
como aproveitar o “cafa” da mesma forma como eles tentam se aproveitar de nós. Se
assim desejar, coloque cada coisa em seu lugar, viva o momento e seja feliz.
Aliás, o carpe diem é uma das
melhores marcas de um cafajeste, se aproprie também do termo! Aproveite o seu corpo
disponível, o bom papo, a sua cortesia, aprenda com sua inteligência e
simplicidade, usufrua da sua poesia, música, pintura (muitos deles são
talentosos), deguste seus pratos maravilhosos e o vinho que certamente irá te
oferecer. Faça tudo isso, mas não esqueça que você está diante de um CAFAJESTE.
Se fizer diferente, você correrá grandes riscos de sofrimento. Do sexo ao
vinho, tudo isso pode ser muito bom.
Outro dia descobri mais uma
característica dos cafajestes de plantão: todos eles desejam se tornar um deus,
do sexo. Por armazenar muita cafajestagem em seu DNA, conseguem conquistar, sem
muito esforço, vários adoradores. São alternativos, educados e sensíveis. Quem tem
coragem de administrar uma empreitada dessas? Deus me livre!!!
Apesar de tudo, tenho medo dos cafajestes,
e à medida que posso, mantenho certa distância deles, pois assim como o cão
bravo, se você vacilar eles te arrancam um pedaço.