domingo, 14 de dezembro de 2014

Aprovação no mestrado

É... aprendi que não basta sonhar. Tem que sonhar, ter fé, força e foco. E só temos isso quando sonhamos juntos com aqueles que nos amam, nossos amigos e nossa família. São eles que ativam nossas forças para a realização de qualquer sonho. E é encarnado neles que Deus se revela no dia a dia. É da boca dessas pessoas que ouço sair a voz de Deus me aconselhando, me orientando e me fazendo amadurecer para enfrentar a vida com os seus resultados. Foi assim que aconteceu desta vez. Estou muito feliz pela aprovação no mestrado de Literatura e Cultura da UFBA. Esta aprovação tem em si significados diversos porque sou de família humilde, sou nordestina, sou negra e sou mulher. Foram estes mesmos fatores - que dentro de um sistema opressor, a todo momento me negam aquilo que desejo - que me moveram ao esforço e dedicação, para buscar o que mais quero, mudar a minha realidade e consequentemente a da minha família. Este é apenas o começo. Agradeço à Deus, à cada amigo e amiga e aos meus familiares que me acompanharam em todo este processo e que desejaram que o melhor acontecesse!

Tirei esta foto em 2011 e naquela ocasião eu tinha certeza que utilizaria ela neste texto.

Felicidade

"A conquista da felicidade se dá dentro de cada um de nós e na confluência do encontro com Deus" (que ocorre de inumeras formas). Sendo assim, a felicidade é uma esfera da vivência humana. À luz do que Jesus ensinou é por meio dela que resgatamos em nós o mais profundo significado do ser humano. Porque a felicidade oferecida por Jesus se dá numa experiência de vida que não se finda no materialismo, antes, transcende as circunstâncias externas. Deste modo, vale lembrar que o dinheiro, os bens materiais, o reconhecimento, o prestígio, o poder e a fama, não tem nada a ver com a felicidade. Porque ela, fundamentada na fé ensinada por Jesus (de carater relacional e racional, ortodoxo e pratico, confessional e ético) nada pode corroer e ninguém pode roubar. (Minhas reflexões a partir de Ser é o bastante de Carlos Queiroz)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

sábado, 31 de maio de 2014

ACALANTO DA MADRUGADA


A madrugada está aqui
e seus ruídos sem fim,
a coçar meus pensamentos.

a me conduzir no vento,
vento frio prazenteiro.

A madrugada está aqui
e meus desejos enfim,
a saltar sem medo,
a me revelar segredos.

A madrugada está aqui:
meu acalanto,
onde retiro o manto.
(Glauce Souza)


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sobre corpo, velhice e morte


Hoje, presenciei uma cena que me fez refletir muito sobre a velhice, sobre a morte e sobre o nosso corpo no mundo. 
Tudo começou quando vi, no posto de saúde, um idoso, aparentando ter mais de 80 anos de idade, caminhando lentamente, cabisbaixo. Seus pés quase não saiam do chão e eram, literalmente, arrastados pelo fraco e lento comando que o seu cérebro ainda consegue enviar às suas fracas pernas. O octogenário debilitado que via ali, tinha as mãos trêmulas e para sair de um lugar à outro precisava do amparo de um homem, provavelmente seu filho, que suspirava ao ajudá-lo. Quem assistia aquela cena, acabava se cansando com o cansaço do suposto filho do idoso. Uma bolsa cheia de urina acompanhava o velho e aquele que o ajudava, compondo um cenário triste, realista e cansativo de se ver. Fiquei analisando o sofrimento daquele corpo e imediatamente lembrei-me do escritor Rubem Alves que é incisivo ao falar sobre a velhice. Ele defende o respeito ao corpo cansado que já não quer viver e nos faz refletir: por qual vida estamos lutando quando insistimos, para que um corpo, que já não suporta a dor, fique entre nós? A cena de hoje revelou-me o que Rubem Alves já tinha me falado: a melhor idade é de fato a pior idade, pois, é a idade da acentuação das dores, do cansaço, da dependência. As crônicas de Rubem Alves que falam sobre a velhice possuem um tom de brincadeira. Acho que esta é uma das formas que o escritor encontrou para aliviar as dores físicas e emocionais que apareceram em sua vida com a chegada da velhice. Convivo com os meus pais que já têm 60 anos de idade e vejo cotidianamente a acentuação destas dores. Também fazemos piadas e damos nossas risadas, mas isto não impede que a realidade salte aos nossos olhos. Os seus corpos, mais do que nunca, necessitam de cuidado. Por isso, cotidianamente, faço o papel de uma espiã da alimentação, para tentar distanciar as dores que certamente aparecerão. Isso poderá me isentar da futura protagonização da cena de uma filha cansada.
Hoje, ao ver o velho debilitado me lembrei das minhas avós. Primeiro lembrei-me da paterna que não sofreu por muito tempo (graças a Deus!) depois de ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Certamente, ela, que tinha também o coração muito doente, não suportaria “viver” durante anos em cima de uma cama dependendo de outras pessoas para realizar suas atividades mais básicas. Também não suportaria ser amparada pelos braços como uma criança que não sabe caminhar. Logo depois, me lembrei da minha avó materna, que tinha os ossos fracos, sofreu durante anos dores horríveis por ter fraturado o fêmur. A velha gritava o dia todo, e pedia para que Deus a levasse. Eu não compreendia o seu desejo de morrer... Tenho um grande amigo que corajosamente assume que quer morrer jovem. Sempre o repreendi e considerei o seu desejo um absurdo, uma afronta, diante da sua beleza e vida que expressa tão bem. Mas, a cena de hoje me trouxe um consolo sobre o destino da minha avó paterna e me fez compreender os gritos da minha avó materna e o desejo do meu amigo. O corpo da minha avó paterna não suportou a dor, por isso se foi. A materna entendia que o corpo dela tinha um limite, queria apenas que isso fosse respeitado, conseguiu. O meu amigo deseja morrer jovem, simplesmente porque tem medo da velhice de pernas bambas e sem prazer. 

domingo, 27 de abril de 2014

PRONTO, FALEI: MULHER GOSTA É DE DINHEIRO!



Hoje, ao me sentir bem ao comprar, com o meu dinheiro suado, algumas coisas que estava precisando para uso pessoal, pensei: "A insistente frase vinda de um ou uma machista, 'Mulher gosta é de dinheiro', merece, no mínimo, um questionamento (se encaramos de forma inocente a frase) e uma sentença (se considerarmos o contexto em que sempre é mencionada. O questionamento é: E quem não gosta de dinheiro? Já a sentença é bastante pessoal. No meu caso, a frase 'Mulher gosta é de dinheiro' não me contempla totalmente. Sabe por quê? Porque eu gosto de dinheiro, mas do MEU dinheiro!" 

Reflita vc tmb! 

Bejim no ombro para todas as pensadoras contemporâneas!!! 
(Glauce Souza - 26/04/2014)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Um feriado, um ralo e uma bunda


                 Para Maria Luiza Carôso
                (Obrigada pela indicação do filme!)

         Geralmente, para se livrar do tédio gerado por dias ociosos, como o feriado do dia 21 de abril – sem muito que fazer -, assisto a algum filme. Mas não é um filme qualquer e sim um daqueles inúmeros que estão numa imensa lista pessoal, esperando o seu momento.
          Acredito que cada pessoa tem a sua lista cânone1 de filmes e livros que pretende ler antes de morrer. Certamente, quando a morte chegar as tais listas ainda estarão à todo vapor, pois, pelo menos as minhas, não param de crescer. O principal motivo que faz minha relação de livros crescer com frequência é o fato de não ter dinheiro para adquirir as obras que mais desejo ler.  No Brasil, os livros ainda são muito caros. Outro motivo é a falta de tempo para se dedicar à leitura. Já a minha lista de filmes, cresce ininterruptamente porque moro numa cidade que não tem sequer um cinema. Como uma cidade pode ter quatro cinemas na década de 70  e hoje não ter nenhum? Isso é, no mínimo, estranho. “A única coisa que vai pra frente em Jequié é o atraso” sentencia um tio meu que mora longe daqui, mas entende da política, da economia e da cultura desta terra quente de meu Deus. Mas isso aí é conversa para outro momento.
Voltemos ao feriado. Neste dia, escolhi um filme nacional do ano de 2007, intitulado “O cheiro do ralo”. O longa-metragem é baseado no romance homônimo de Lourenço Mutarelli.  Acessei o you tube para assistir ao filme e pretendo descrevê-lo de forma sincera e clara. Inicialmente, penso em um adjetivo para atribuir a ele e concluo que posso fazer uso do mesmo adjetivo que usei para a situação do cinema na cidade de Jequié, estranho. O filme é estranho comparado com o padrão aprovado pelas pessoas, na maioria das vezes. Coisa rara é encontrar gente que goste de filmes sem ação e sem besteirol. O cheiro do ralo é assim, parado, irônico e possui uma atmosfera existencial, não tem cenas de ação e não tem besteirol. O longa é ambientado na grande São Paulo, provavelmente, da década de 70 e o personagem principal é Lourenço (interpretado por Selton Melo), um homem que compra e vende objetos usados, na maioria das vezes de grande valor sentimental, que para ele não significa nada. Lourenço compra os objetos apenas quando julga conveniente ou quando se agrada da cara da pessoa que está vendendo. Seus critérios, definitivamente, não dialogam com a necessidade das pessoas. Ele é esquisito e desprovido de qualquer tipo de afeto ou solidariedade humanista para com o seu semelhante.  Seu dia a dia é marcado pela falta de misericórdia e pelo embrutecimento humano, demonstrando sempre seu poder aquisitivo e como um algoz debochando friamente da miséria alheia. Lourenço custa a entender que também está num estado de miséria profundo. Por isso, insiste em explicar aos seus miseráveis vendedores que o cheiro incomodativo em sua sala é do ralo do banheiro que usa. Lourenço não consegue resolver o problema do mau cheiro, mas sente-se intensamente dependente e atraído  por ele, pois o odor é unicamente dele. Mas o cheiro que mais incomoda Lourenço, é o dos traumas que talvez nunca quisesse resolver. Quiçá, ele seja a melhor representação do homem-bicho que já vi no cinema brasileiro. E se aproxima do homem confundido com um bicho descrito no poema “O bicho” de Manuel Bandeira. Ambos apresentam os mesmos motivos que os levam, respectivamente, ao cheiro do ralo e ao lixo.  Há apenas um grande desejo na vida de Lourenço que o leva todos os dias a uma lanchonete, um dia comprar a bunda da moça que trabalha lá.  
Mesmo não tendo besteirol algum, o filme nos arranca risadas. Algumas cenas nos faz rir um riso consciente de que a condição humana pervertida pelo capitalismo selvagem - que nos leva à compra e venda da nossa própria alma - seria cômica se não fosse trágica, como o próprio desfecho do filme.    

1 Utilizo o termo “cânone” não no sentido legalista, mas partindo do significado diversificado que o cânon possui ao empregar inúmeras vozes. E partindo daí, o termo expressa movimento, brincadeira, descoberta e, no sentido retórico, invenção. 

sábado, 19 de abril de 2014

A Teoria da Literatura no Brasil e algumas questões contemporâneas

Traçar o panorama histórico da teoria literária no Brasil, talvez seja a melhor forma para entender as influências recebidas e as suas nuances na contemporaneidade.
            Inicialmente, a teoria da literatura servia às leituras de textos com seus métodos e técnicas. Aos poucos tornou-se objeto privilegiado de exame e abriu espaços para a reflexão. Ela marcou sua presença no interior de outros saberes da história, sua compreensão exigia uma dinâmica relação com outros discursos como a filosofia, a linguística, a antropologia, a sociologia, a psicanálise e a semiologia. Na década de 60, por ganhar espaço no currículo de Letras de todo o país e por iniciar nova reflexão crítica sobre a literatura, a disciplina se destaca entre as outras das ciências humanas.
            É nos anos 70, com a abertura dos cursos de pós graduação, no Brasil, que a interdisciplinariedade recebe grande incentivo por parte do estruturalismo. Assim, a teoria literária estreita a sua relação com antropologia, a psicanálise e a semiologia. Nesta época, se desenvolve os estudos de interpretação dos discursos mítico, onírico e literário, e de textos marginalizados pela literatura oficial.   Ao ser considerada ciência da literatura, a teoria literária se encarrega de demonstrar as leis e processos que regem o texto literário. Com influência das correntes de crítica do século XX, formula e elabora métodos, categorias e conceitos próprios. O reflexo dessas transformações resulta no repúdio da abordagem historicista e a defesa de categorias universais com base em critérios de ordem estética.
            À medida que os discursos das ciências humanas ganhavam mais espaço no interior dos cursos de Letras, mais obrigava os estudos literários a renovar sua teoria e a participar das transformações realizadas nas outras áreas. Assim, os cursos de literatura brasileira se inclinavam para certo tipo de abordagem que privilegiava a análise das formas narrativas contemporâneas, as manifestações de vanguarda, ou a literatura de textos fundadores da literatura brasileira, visando a constituição de uma nova historiografia literária.
            Vale ressaltar a grande contribuição que a antropologia deu à teoria da literatura. Essa ciência ao descentrar o eixo dos valores etnocêntricos, propiciou a quebra de hierarquia dos discursos e aguçou o interesse pela valorização de textos considerados marginais pela cultura oficial.  Os Estudos Culturais, na década de 1950, desenvolvido por teóricos ingleses, defendia o valor da cultura popular frente à nova cultura de massa e as manifestações literárias que não estivessem voltadas somente para as elites. Conhecida como crítica cultural, estes estudos chegam ao Brasil depois da ditadura militar. É nesta época que as teorias são revitalizadas pelos interesses por novos conceitos, como os de pós-colonialismo, pós modernismo, pós-estruturalismo, e com o advento dos discursos das minorias.
            A estudiosa Eneida Maria de Souza em entrevista concedida em 2007 à Helton Gonçalves de Souza e Martha Lourenço Vieira ressalta o engajamento de muitos em defesa da literatura. Segundo ela, estes defensores alegam que a literatura está sendo negligenciada pelos Estudos Culturais. Eneida considera essa discussão sem contribuição, para ela, a crítica literária sempre se preocupou com a cultura. Por isso, ressalta que hoje é impossível ler e analisar um texto sem que este ultrapasse as fronteiras literárias e se projete para outros campos.
Assim, é possível afirmar que a crítica literária, dos dias atuais, não se restringe a um público específico, mas volta o seu olhar para as transformações culturais e políticas do mundo, daí a aparente crise enfrentada pela teoria literária.
Em sua obra Tempo de pós crítica (2012) assume a posição de que a obra literária não deve se restringir a parâmetros centrados na ruptura ou no endosso de determinados modelos sociais. Segundo ela, a marca autoral no texto analítico funciona como uma das conquistas mais recentes do discurso crítico das ciências humanas, entendendo-se que o sujeito volta à cena no discurso de forma ainda esvaziada e fraturada. A reflexão de Eneida desvincula da dimensão universalista e generalizante, o estatuto do sujeito, da autoria, da escrita e da linguagem.
Eneida não é saudosista nem mesmo fecha as portas para o futuro, apenas admite corajosamente que “(...) a valorização de um passado sem brechas ou rasuras complica e falseia a lembrança, com vistas a reter apenas o que a memória soube guardar de bom” (SOUZA, 2012, p. 74). Assim, a estudiosa demonstra entusiasmo diante das mudanças que se refletem no pensamento crítico atual. Para ela, reconhecer as limitações teóricas e procurar ultrapassá-las seria o primeiro passo para que não seja destruído um projeto, nem tão utópico, de construção de um pensamento crítico entre nós.
            Embora entenda a prática teórica como uma forma de intervenção do intelectual, Eneida admite ter a sensação de estarmos divididos entre um pensamento teórico capaz de entender os complexos acontecimentos da contemporaneidade e a posição assumida pela classe intelectual universitária, voltada para a prática selvagem de modelos tradicionais. Muitos desses intelectuais reforçam, por exemplo, os preconceitos ligados aos Estudos Culturais, por considerarem que estes promovem o esvaziamento da noção de cultura, indissociável do conceito de identidade nacional.


SOUZA, Eneida Maria de. Tempo de pós-crítica: ensaios / 2 ed. – Belo Horizonte: Veredas e Cenários, 2012. 


terça-feira, 15 de abril de 2014

O Deus que ressuscita na minha e na tua face

Eu prefiro uma páscoa longe das celebrações vazias. Prefiro a páscoa de todos os dias, não esta, estabelecida pelo nosso calendário, atrelada a uma prática recheada de estereótipos e gestos monótonos sem vida e sem reflexão. Eu prefiro celebrar a vida, a vida do Cristo, a vida do meu irmão. Eu prefiro celebrar a ressurreição do Cristo que está entre nós, que não veio dizer que o Reino estava chegando, mas, que nos TROUXE o Reino de Deus. Eu prefiro celebrar, não a ressurreição de um deus criado por um sistema opressor que ensina as pessoas a distribuir chocolates ao invés de perdão, compreensão e amor, mas a ressurreição de um Deus libertador. Eu prefiro, definitivamente, experimentar o Deus que ressuscita todos os dias na minha e na tua face. (Glauce)

quarta-feira, 12 de março de 2014

CARROSSEL


No carrossel da minha infância
há crianças de sorrisos tristes:
giram, giram, giram e ficam tontas.

No carrossel da minha infância
há uma velha católica:
reza, reza, reza com muita fé.

No carrossel da minha infância
há um velho bruto e ateu:
segue, segue, segue cego.

No carrossel da minha infância,
a menina escolhe outros

caminhos.

(Glauce Souza)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Homenagem à Adriana


Hoje é um dia muito especial, pois é o aniversário de uma pessoa que tive o prazer de conhecer, exatamente, há 7 anos. Nossos primeiros contatos se restringiram a uma sala de aula e uma professora que não conseguia gravar o nome dos alunos (até hoje é assim né? rsrsrs), ainda mais se estes alunos fossem bastante tímidos, como no meu caso, naquela época. Era meu primeiro semestre na universidade (UESB), passou rápido e não tivemos oportunidade de nos conhecer, de fato. Depois, as questões sobre gênero e o nosso envolvimento político dentro da universidade fizeram o favor de sempre nos colocar nos mesmos ambientes com o mesmo propósito: contribuir para a melhoria da nossa universidade pública. A partir daí começamos a nos aproximar um pouco mais. Posteriormente, o ingresso no PIBID com encontros semanais, estreitou ainda mais os nossos laços. Hoje, olho para trás e agradeço a Deus por ter feito da academia um instrumento para desenvolver a nossa amizade. E que belo presente é a sua amizade, viu? Caminhar contigo, Adriana Abreu, é sempre sinônimo de aprendizado para a vida. Pois, nela, a humanidade, a solidariedade e o amor sempre saltam de prazer. Saiba que estes são os teus melhores ensinamentos para quem convive contigo. Desejo à você paz, saúde, amor e sucesso em sua vida profissional. E é parafraseando a sua diva Simone de Beauvoir que justifico a minha admiração por você "porque comunicas de maneira mais direta o sabor da vida, unicamente o sabor da vida". Felicidades hoje e sempre! bjs

10/02/2014

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Adia


Adia

Há dias sem sabor
Há dias sem sal
Dias sem sentido
Dias sem sinal

Há dias sem segredo
Há dias sem saudade
Há dias sem soma
Dias sem santidade

Há dias sem som
Há dias sem sintonia
Há dias sem show
Dias sem sinfonia

Há dias sem saúde
Há dias sem saída
Dias sem salva-vidas

Há dias sem sentença
Há dias sem sequência

Há dias sem sono
Há dias sem soma
Há dias sem sonho
Há dias sem sombra

Há dias sem sorriso
Há dias sem sorvete
Há dias sem serviço

Há dias sem setembro
Há dias sem sereno

Há dias sem sol
Há dias sem samba
Há dias sem Skol

Há dias sem salada
Há dias sem sim
Há dias sem salário
Há dias sem sushi

Há dias sem soro
Há dias sem sangue
Há dias sem suco
Há dias sem salame

Há dias sem sorte
Há dias sem seta


Há dias sem suor
Há dias sem sexo
Há dias sem sopa
Há dias sem sucesso

Há dias sem ser tão
Dias sem sacramento
Dias sem salvação

Há dias sem saliva
Há dias sem Silvia
Há dias sem Sandra
Há dias sem Sá

Há dias sem Sarmento
Há dias sem soneto
Dias sem sentimento

Há dias sem solução,
sem sabedoria.
Dias sem Salomão.

Poema "Adia"
Autoria: Glauce Souza Santos
Voz: Paulo Sérgio









sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Mãe...

Neste dia só tenho a agradecer pela tua existência e por fazer parte da minha vida.
As vezes tenho a impressão que o nosso cordão umbilical nunca foi e nunca será cortado.
Te vejo em mim sempre, ah... e como é engraçado. Os filhos sempre criticam as mães, mas se pegam fazendo as mesmas coisas que elas fazem. kkkkkkkkk Mas, saiba que sinto muito orgulho de me parecer com você. Quero que Deus me dê a oportunidade de fazer sempre o melhor para você. Quero sempre te ver bem e feliz!

Obrigada por ser este sustentáculo.
Obrigada por ser forte.
Obrigada por ter continuado conosco, vencendo aquele câncer há 18 anos.
Obrigada por ser o melhor exemplo de mulher feminista para mim.
Obrigada por ter me ensinado os valores da vida.
Obrigada por implantar em mim princípios que me ajudam a melhorar a cada dia.
Obrigada por ser minha amiga.
Obrigada por entender minhas crises, meus medos...
Obrigada por cuidar de mim.
Obrigada pela sua cumplicidade.
Obrigada por ser você!

"Nossos destinos foram traçados na maternidade..."
Feliz aniversário!!!
Te amo!!!