quarta-feira, 12 de março de 2014

CARROSSEL


No carrossel da minha infância
há crianças de sorrisos tristes:
giram, giram, giram e ficam tontas.

No carrossel da minha infância
há uma velha católica:
reza, reza, reza com muita fé.

No carrossel da minha infância
há um velho bruto e ateu:
segue, segue, segue cego.

No carrossel da minha infância,
a menina escolhe outros

caminhos.

(Glauce Souza)