quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Carta aos meus alunos do Estágio


           
Jequié, 30 de agosto de 2012
 
Queridos alunos do 2º Ano do Colégio Estadual Maria José de Lima Silveira,
 
Pensei em oferecer para vocês algo que pudesse servir como lembrança deste período que passamos juntos. Descobri que não haveria nada melhor do que oferecer-lhes palavras, afinal de contas foram elas que nos ligou.
Estas palavras que ofereço á vocês são palavras de gratidão por me receberem e por protagonizarem comigo este período necessário para a conclusão do meu curso.
Sei que o tempo que passamos juntos não foi suficiente para estreitar laços e aprender mais sobre literatura, gramática e, sobretudo, sobre a vida. E por falar em vida, resolvi contar um pouco da minha História.
Estudei na rede pública de ensino desde a 1ª série do ensino primário. Fui, assim, como vocês, vítima de um sistema composto de deficiências e descompromissos. Tudo isso porque Educação em nosso país não é prioridade. Logo cedo comecei a sonhar em estudar na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Este sonho tornou-se realidade no ano de 2007 e hoje estou aqui concluindo mais uma etapa da minha vida. Nesta caminhada, mesmo diante de pessoas que não levam a sério a Educação pública, tive a oportunidade de encontrar outras comprometidas que muito contribuíram para que eu estivesse onde estou hoje. Confesso que em minha história de vida há motivos suficientes para que eu não dedicasse minha vida aos estudos, pois, sou de uma família humilde e já passei por muitas dificuldades. Porém, resolvi investir em algo que não me daria um retorno imediato, optei em estudar Letras. Este ano estarei concluindo o curso e para isso foi necessário estagiar em uma turma do Ensino Médio. Para quem acredita em destino poderia dizer que foi ele quem me colocou aqui. Eu acredito que nosso encontro é fruto divino.
Estar com vocês durante 20 aulas foi muito enriquecedor para mim, pois, pude confirmar que a minha escolha pela Educação foi a escolha certa para a minha vida. Dizem por aí que na vida devemos fazer aquilo que amamos e só assim seremos felizes. No Estágio descobri que nasci para isso, amo ensinar e sinto prazer em compartilhar conhecimentos.
Agradeço à vocês por protagonizar comigo este período, compartilhar conhecimentos e construir uma História.
Desejo à vocês sucesso na vida e realização de todos os sonhos cultivados!
 
Glauce Souza Santos
(Estagiária de Língua Portuguesa e Redação)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A vida é sempre mais

      
           No último dia 11 na Comunidade Batista Oásis, mais uma vez fomos conduzidos a uma reflexão coletiva recheada de simplicidade, graça, milagres e aprendizados para continuar caminhando com Jesus de Nazaré, aquele que se revela cotidianamente apontando algo novo para as relações da vida.
           A palavra ministrada pelo amigo e pastor Dey foi baseada no capítulo 11 do evangelho de João onde encontramos a narrativa da morte e ressurreição de Lázaro. A reflexão nos proporcionou uma aproximação de tudo aquilo que possivelmente esta morte e ressurreição nos ensina na caminhada com o mestre de Nazaré. Dey nos fez perceber como a narrativa de João pode nos deixar em “parafuso”. Primeiro, porque Jesus não se importa muito ao receber a notícia que o seu amigo estava enfermo. Parece que Jesus não se dá conta do poder que tem a presença de um amigo para um doente. Segundo porque Jesus demonstra total desprendimento em relação ao tempo cronológico e não se importa caso chegue atrasado ou tarde demais para o cerimonial fúnebre do seu amigo.
Se olharmos para esta História e fizermos aquele velho exercício de aplicação dos ensinamentos do texto bíblico às nossas vidas, vamos perceber que Deus também se revela no cenário das incertezas, dos traumas, das inquietações e tempestades no coração e isto muito nos ensina. É no cotidiano incerto que a ressurreição acontece.
Confesso que ao ler a narrativa cresceu dentro de mim certo medo, por saber que ela sendo mal interpretada, pode se enquadrar perfeitamente como um belo exemplo para a Teologia da Barganha, pelo simples fato de Jesus ressuscitar Lázaro após ser adorado. Não se assuste caso encontre por aí um pregador da barganha dizer: Adore como Maria, irmão de Lázaro, que a vitória é certa! Mas, deixando o medo de lado, confesso conseguir enxergar que Maria adora sem imaginar que naquele dia seu irmão ressuscitaria. E ainda, que a maior ressurreição desta história talvez não seja aquela acontecida com Lázaro, mas aquela sucedida nos corações de muitos presentes, a ressurreição do verdadeiro sentido da vida.
Na narrativa, Maria nos ensina o que é ter uma vida em constante adoração independente das circunstâncias. Parece que ela sempre escolheu a melhor parte, a exemplo do dia em que preferiu estar aos pés de Jesus, dia movimentado em sua casa – e isso não revela uma Maria irresponsável diante dos afazeres, mas, revela uma Maria que sabe valorizar cada momento da vida.  Ela é também aquela que adora, mesmo diante de cenários em que a morte está presente como principal adereço.
É preciso aprender que durante nossa existência para que haja ressurreição é necessário deixar morrer alguns lázaros e não só deixar morrer, mas principalmente, deixar cheirar mal e isso requer tempo.
Que possamos deixar morrer os traumas e as inquietações, só assim compreenderemos a maior lição desta história, a vida não se acaba no túmulo.  Jesus é aquele que chora diante da ausência da fé e manifestação da desesperança porque ele quer apenas nos ensinar: a vida é sempre mais.


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Pra não dizer que não falei da vida

Valendo-se das palavras de Victor Hugo, Frejat, Camões, Drummond e Paulo pra te falar...

Luanna,
Parece que você, já entendeu
ou tem entendido que toda idade tem prazer e medo.
Por isso, desejo que você não pare de caminhar
com fé, esperança e coragem
neste cenário encantador chamado vida.
Desejo que a tolerância seja a sua sentença
para aquelas pessoas que erram feio e bastante...
Desejo que a tristeza não se perpetue em sua vida
mas, que fique somente um dia.
Que você ganhe dinheiro e se por acaso você ganhar
muito dinheiro, não esquece de dizer a ele,
pelo menos uma vez, quem é mesmo o dono de quem...
Ah!!! E como ele não podia faltar...
vou falar do AMOR.
Que você tenha sempre a quem amar!
Porque o amor “é bicho instruído”,
“é fogo que arde sem se ver” e “é caminho excelente”.
Mesmo assim, desejo que quando você estiver bem cansada
ainda exista amor pra recomeçar...a viver!
FELIZ VIDA!!!
02/08/2012