No carrossel da minha infância
há crianças de sorrisos tristes:
giram, giram, giram e ficam tontas.
No carrossel da minha infância
há uma velha católica:
reza, reza, reza com muita fé.
No carrossel da minha infância
há um velho bruto e ateu:
segue, segue, segue cego.
No carrossel da minha infância,
a menina escolhe outros
caminhos.
(Glauce Souza)