Acostumamos a viver egoisticamente,
olhando para dentro.
Para dentro de nós mesmos,
para dentro dos nossos sonhos.
O nosso olhar para,
para de ter compaixão,
para de enxergar,
para de amar.
Somos cúmplices do sonho de alguém?
Qual a última vez que choramos a dor do outro?
Dentro das nossas casas, gradeados,
conectados e desalmados,
nos relacionamos mentirosamente com o
mundo.
Enquanto isso,
não sabemos sequer,
o nome do nosso vizinho.
Bradamos sem preocupação:
É esquisito e solitário!
A nossa noite é sem mistérios
e o nosso dia tem o cheiro pútrido
- de um corpo em putrefação -
que denuncia a nossa
decomposição.
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